sexta-feira, 5 de abril de 2013

Organizar é tudo: Mesas

O Coelho da Páscoa passou por aqui feito no conto, que virou filme, "Alice no País das Maravilhas". Passou março inteiro, correndo, correndo, olhando o relógio, e se sentido atrasado, atrasadíssimo, sempre. Pois o dia infelizmente tem menos horas do que nosso lado coelho precisa. Sempre assumindo mais tarefas do que a nossa possibilidade e disponibilidade diárias. Protelando, complicando e se culpando. E assim, o blog foi ficando, dia após dia, cada dia... mais... vazio. No vácuo. 

Primeiro, foram-se as idéias, pois elas se canalizaram para nossas cestinhas de Páscoa. Depois, faltou presença, pois mergulhamos fundo no "País das Maravilhas" que são as festas e busca por deixar a todos encantados com nossos quitutes e arrumações. E, assim, nosso blog quase foi esquecido no fundo do buraco, daquela árvore oca, como no conto vitoriano.





Também o momento da Quaresma pedia mais reflexão. Para onde estamos indo, como vamos, quais os companheiros queremos continuar levando nestas trilhas, por quais batalhas, tal como Alice, vamos lutar. Momento de calibração, de selecionar e organizar coisas, o plano de negócios, as contas, o escritório e, sobretudo, a casa. Momento também de sugar todas as receitas possíveis e imagináveis dos meus mestres, dos meus ídolos, dos meus pares, meus concorrentes, amigos e quem mais passar por aí. Não se arrisque. Aprender com quem já faz brilhantemente e talvez loucamente, como o Chapeleiro Maluco do filme. Com alegria e uma explosão de cores.




E aí, após uma grande viagem de cores e sabores, ainda não dá vontade de publicar nenhuma receita. Apesar de elas estarem salteando no meu fogão. Mas, vem a calhar falar de organização. Organização e disposição de mesas.


 Começa pela do chá. Inspirada na célebre cena do chá. O coelho, Alice e o Chapeleiro e aquela mesa repleta de coisas lindas. Nós amamos fazer isto aqui também! Então aí vai um desenho que demonstra como uma mesa básica de chá deve ser posta.




Para aqueles que não curtem muito o gênero vitoriano. Algo mais prático para o dia a dia. Mesas de almoço e jantar. Todo mundo tem dúvida. Muita gente me pergunta sempre. Já vi por aí muita mesa toda trocada, garfo do lado em que deve ficar a faca, copo na frente do prato, prato quase caindo pela borda etc e tal. Tudo bem. Não sabe. Eu também não soube um dia. Mas, agora, divido com vocês os desenhos que carrego em minha mente sempre em situações informais ou formais.



Passado o encontro com o anfitrião ou anfitriã, que deve ter sempre um sorriso largo no rosto, a felicidade do convidado se completa com a arrumação da recepção. E a mesa é sem dúvida o ápice deste negócio de receber bem. Então, vejam aí e se inspirem, arrumem e não errem mais. Estou certa que fará uma grande impressão.



E vamos lá. Vamos continuar com as pedaladas, pois ainda tem um estoque terrível de chocolates de Páscoa por aqui.









BEIJINHOS  =>

quarta-feira, 13 de março de 2013

É Quente: Compota de Pimenta Dedo-de-Moça




Pimenta é algo assim, digamos, controverso na culinária e no gosto popular. Tem gente que ama. Tem gente que detesta. Tem também o tipo enrustido: gosta, mas tem medo de usar. Então, fica trancado no armário, a vida inteira, perdendo sabores da vida, experiências extravagantes. Tem aqueles que usam sem nenhuma parcimônia, sem cerimônia. Estes geralmente são os atrevidos. Gostam de ousar. Povo arretado.



O Chef que sabe usar pimenta é como o "bugueiro" daqueles passeios nas dunas do Nordeste. O "bugueiro" pergunta: - É com ou sem emoção? Para mim é sempre com emoção. Minha alma espanhola não vive sem. Mas tem que saber usar. A pimenta tem que realçar sem matar os demais ingredientes. Tem que levantar o astral do prato, sem alterar sua composição. Difícil, né? O fato é que um verdadeiro Chef de Cozinha é aquele que domina o toque de pimenta na receita. Não dá pra explicar. Mas, tem que saber usar. A pimenta não pode ser o ingrediente principal. Já pensou o que seria uma sopa de pimenta depois de 12 horas de vôo internacional? Já tomei uma assim. Não foi boa experiência, não. Mas, tem receita que pede. E sem este ingrediente o comensal não teria a mesma experiência gastronômica.



Pimenta é igual criança. Levada, que pula, agita. Sem ela a vida fica calma. Passa desapercebida. Com ela a vida tem outro sabor. Pimenta dedo-de-moça, então... Engana-se o que pensa que o nome advém do formato. O próprio nome já diz tudo. Tem dedo de moça fogosa na comida. Tem sensualidade, tem fartura de aroma e explosão de sabor. Tem latinidade. A final de contas, as pimentas  do tipo Capsicum, no qual se incluem os pimentões e as pimentas frutecens, dentre estas a dedo-de-moça, são originárias da América do Sul. E daqui foram levadas pelos espanhóis para o resto do mundo.

Enfim, só pra concluir, antes da receita... pimenta tem inúmeras propriedades medicinais. É um alimento termogênico, contribuindo para o aumento do metabolismo. Ajuda a baixar o colesterol. É antiinflamatório. É anestésico. Só pra citar quatro de uma lista sem fim de benefícios. Estes pra mim já me convenceram. E são bastante, mas quem não se der por vencido, recomendo pesquisar e descobrir por aí. Você vai se surpreender.



Maria. Fofinha. Pimentinha da Tia.
Bem, a receita fácil, dedicada a minha sobrinha Maria, pimenta, pimentinha, menininha que chega para abalar. De quebra, com esta receita, prometo que você terá um tiquinho de pimenta dedo-de-moça conservada na sua cozinha por bastante tempo. E servirá para adicionar ao seu prato pronto, a sua receita ainda na preparação, e para os ousados até em doces. Que tal brownies de chocolate amargo com geléia de pimenta? Ahhhhh! Ensino qualquer dia destes.




Conserva de Pimenta Dedo-de-Moça

Ingredientes:

15 pimentas dedo-de-moça bem firmes e vermelhas
200 ml de azeite de oliva
60 ml de vinagre de vinho branco (de vidro)
1 colher de sopa de sal


Modo de preparar:

Lave e retire os cabos das pimentas. Corte-as em sentido longitudinal. Retire os veios internos e as sementes.  Fatie em tirinhas bem fininhas.

Com essa faca maravilhosa, não ficaram bem fatiadinhas mesmo? Não dou, não vendo, não impresto, não troco.

Junte as pimentas fatiadas ao azeite, ao sal e ao vinagre. Leve ao fogo brando por 1 minuto para que o líquido fique morno. Mas não deixe chegar ao ponto de ferver o azeite ou evaporar o vinagre. Isto servirá para a pimenta liberar um pouco de seu suco. Pronto. Acondicione em um vidro esterelizado ou fervido para evitar contaminações. Feche e depois de usada a conserva deverá ser mantida no refrigerador.



APROVEITEM.

OUSEM.


VIVAM COM EMOÇÃO.

BEIJOS!!!



terça-feira, 5 de março de 2013

Soft Ride Bike: Torta de Maçãs, Ameixas Frescas com Amêndoas e Passas

Adoro esta coisa assim meio cinquentinha...


           Desde que eu resolvi descaradamente assumir este meu lado "B", digo, a gastronomia como profissão, eu deixei de ter um hobby. Então acordei um dia super preocupada pensando que uma pessoa não pode passar a vida sem um hobby, mesmo que a vida tenha lhe dado de presente a melhor das alternativas: o poder de tornar seu hobby a sua profissão.


Uma pessoa sem um hobby é quase como um apátrida. Mesmo que habite algum lugar, por quais terras e ideais irei me arriscar, além das guloseimas e gulodices desta vida entre livros, panelas, ingredientes e fogões? Foi, então, que eu busquei lá no fundo do meu coração. O que mais me interessa? Bicicletas? Talvez... Me interessam muito. Mas, mais do que as bicicletas, descobri que gosto tanto delas pelo design e pelas cores. Sou encantada por design, arquitetura, o belo, as formas, as cores. Eis aí meu novo hobby. Mas neste vou me aventurar só em leituras e inspiração. Prometo. No máximo na arquitetura de um evento. E só!



E acho que isto tudo se entrelaça, pois não vejo como preparar um prato, uma mesa, sem que nestes prevaleçam a estrutura, a arquitetura, o design, a beleza. Aquilo que fisga pelos olhos. O apetite se abre pelas janelas da alma: nossos olhos. São por eles que iniciamos a degustação dos alimentos e as celebrações da vida. Tudo bem, existem pessoas especiais, que eu conheço, que desenvolveram outros sentidos diante das limitações terrenas. Mas, na média, o povo come pelos olhos mesmo.



E, estava eu um dia lendo uma publicação européia quando dei de cara com esta bike aí, ó...

Que linda! Bike bailarina.

Fui procurar saber quem era o designer desta magnífica softride bike. Qual foi minha surpresa ao saber que já era apaixonada pelo trabalho dele, Ron Arad. Ron é israelense de nascimento (Tel Aviv, 1951), mas se radicou na Inglaterra há muitos e muitos anos.  Mais ou menos quando eu nasci, ele já estava lá na efervecência do mundo. Depois foi parar na Itália. Dentre as suas maquinações e realizações estão algumas coisas fantásticas, das quais as mais conhecidas atualmente são a Rover chair - amo! - e um rack para livros que ele desenhou para a Kartell, em 1995 (o Bookworm). Mas, o que eu admiro mesmo é o seu projeto do Foyer da Opera House de Tel Aviv - TAPAC. Nunca fui lá, mas está no meu livrinho de destinos "Visitar antes de Morrer", de preferência logo. Só vendo a imagem do Foyer da Opera já sei que vou me apaixonar mais por seu trabalho.




Daí, peguei a bike do Ron e resolvi transformar numa singela torta.   Vai aí o resultado e a receita para que vocês tentem. Mas vão precisar do equipamento. Um rolo de patisserie específico, rolo de treliça, para abrir o acabamento superior da massa. Desafio vocês. Executem esta receita que é puro design e delícia.


Torta de Maçãs com Ameixas Frescas, Amêndoas e Passas


Não ficou linda, gente? Quer um pedaço?

Ingredientes:

Massa:

350 gramas de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
3 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de manteiga gelada
1/4 de xícara de água gelada
2 ovos (gema e clara)
1 gema para pincelar

Recheio:

2 maçãs grandes descascadas 
cortadas em fatias finas
2 ameixas frescas cortadas em fatias finas
6 colheres de sopa de açúcar mascavo
3 colheres de sopa de uvas passa
3 colheres de sopa de amêndoas em lâmina
1 colher de sopa de farinha de trigo

Modo de Fazer: Para a massa, junte os três primeiros ingredientes numa tigela. Adicione a manteiga e faça uma farofa. Acrescente a água, depois os ovos. Amasse até obter uma massa homogênea. Faça uma bola, cubra com filme plástico e leve a geladeira por 10 minutos. Enquanto isso, prepare o recheio. Numa tigela, misture os gomos de maçã, de ameixa, o açúcar e as passas. Abra 2/3 da massa com a ajuda de um rolo e forre o fundo de uma forma para torta de 20 cm de diâmetro.Disponha o recheio no interior da massa, intercalando fatias de maçãs e ameixas. Regue com o caldo que ficou no fundo da tigela e as passas. Por último, salpique as amêndoas. Abra a massa restante no diâmetro da forma, corte com o rolo de treliça. Disponha a massa cortada sobre o recheio, pressionando as bordar para fechar a torta. Pincele o topo com a gema restante. Leve ao forno moderado (180˚C) por 30 minutos ou até ficar dourada. Se preferir, salpique açúcar de confeiteiro no topo antes de servir.

*Super Dica*: Sirva com sorvete crocante. Fica o máximo do máximo.

E vamos pedalar meu povo, que a vida não é softride,
mas deve ser sempre cheia de paixões.




BEIJOS!!!


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ausência: Papillote de Linguado Super Light






                                                                                                       Torre del Lago - Viareggio - Toscana -  Saudades!!!!                                                                     



Costa da Grã-Bretanha - Cornuália - Que medo!!!!!

Pronto. Está tudo dito e esclarecido aí neste lindo poema.
Minha ausência, todos estes dias, está mais que detalhada, qualificada e revelada. Na falta de algo agradável a dizer, prefiro ser sincera. Deixar meu espaço livre e singrar por outros mares, ainda que revoltos. Neste momento, penso sempre em transformar todo este caldo revolto, ou melhor rescaldo, em algo gostoso de ser visto e provado. Alimento para a alma que deve ser leve como a pluma, sempre. Mesmo que  a vida não tenha só glamour. Que tenha dias quentes também, numa cozinha de 52˚C no verão de São Paulo, tudo tem que ser muito leve. E, assim, com muita leveza, devemos ultrapassar em silêncio, buscando outros mares e praias para nossas ondas quebrar.



Dito isto, e só isto basta por hoje, eu quero presentear cada um de vocês com uma receita bem light para a vida ficar mais saudável e mais leve. Logo, logo, prometo cozinhar alguma estrepolia, coisa parruda e substancial. De peso. Mas, por hoje, minha gente, segue com toda a simplicidade para que vocês apreciem com sinceridade. Ou seria segue a receita com sinceridade para que vocês apreciem com simplicidade?




Papillote de Linguado com Tomatinho Cereja



Ingredientes

6 fillets médios de linguado
6 tomatinhos cereja
2 abobrinhas italianas 
cortadas em fatias finas
8 azeitonas pretas cortadas
em pequenos pedaços
azeite de oliva
folhas de salsinha
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
folhas de papel alumínio de 20cmX20cm
palitos de dente


Modo de fazer: Abra o papel alumínio e no centro jogue um fio de azeite. Disponha, no centro, por cima, uma folha de salsinha, um fillet de linguado já salgado, por cima, uma fatia da abobrinha, 4 ou 5 pedaços das azeitonas, 1 tomatinho cereja, enrole e espete com um palito para fixar o enrolado, espetando o tomatinho.Salpique um pouco de pimenta do reino a gosto. Feche o papel alumínio e leve no forno médio para assar por cerca de 20 minutos.


Beijos salgados!!!



Até breve.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Dançar Conforme a Música: Salada de Quinua com Queijo Feta



A vida é uma questão de ritmo. Passado o Carnaval, que por  si só já é cheio de ritmo, temos que voltar para nossa vidinha de sempre.  O ritmo dos obstinados. Agora não tem mais desculpa, não. Temos que entrar no ritmo do cumprimento daquelas metas que traçamos no fim do ano passado. Lembra? Já até esqueceu daquelas resoluções, né?  Não foge, não. Chegou a hora de dançar conforme a música. Ou mesmo na corda bamba. Um tango, sofrido. Um samba, com muita alegoria. Sozinho, com seu par ou em grupo, cada um tem a sua música para dançar.  




E, então, voltam aqueles fantasmas que afligem principalmente as mulheres: preciso perder aquele peso extra que adquiri durante as festas, desde de Dezembro, quando começamos a temporada das goludices. Preciso perder logo para enfrentar a Páscoa, daqui a mais ou menos uns quarenta dias, quando vamos cair na jaca novamente. E os homens, geralmente, não assumindo a preocupação com a estética, se afligem com um fantasma ainda maior: o colesterol. 




Mas, não há milagre, não. Para perder peso, não há pílula do dia seguinte. Não adianta tomar aquele 'shake' (recuso-me a falar o nome daquilo!) todo dia e perder um montão - perder um montão de massa muscular, vitaminas e sais minerais (!), se o tal do ritmo não é imposto. Perder peso, viver uma vida mais saudável é puramente uma questão de ritmo. De escolhas diárias. Ou isto ou aquilo. Aqui a palavra de ordem é ter flexibilidade e saber balancear suas escolhas, sem perder o ritmo. E acima de tudo, ter paciência.

Por isso, vou começar o post desta semana com uma saladinha de quinua que aprendi na minha viagem a New York. Salada de quinua com queijo feta. Delicia para dar aquele apoio moral no retorno ao ritmo. Não adianta radicalizar. Tem que ter sabor para que o organismo entre no ritmo devagar. Pouco a pouco e sem parar. Além disso, a quinua é uma ótima fonte de proteínas para os que são vegetarianos. Para os que não curtem, sem problemas. Mesmo assim há serventia. As suas fibras ajudam na digestão e no combate ao colesterol. 

Lá vai a receita "cool" (como dizem os americanos). Muito fácil de executar e super saborosa.  Te convido a entrar no nosso ritmo. Venha viver no ritmo Vélo Vert.






Salada de Quinua com Queijo Feta


Ingredientes:

2 xícaras de quinua
6 xícaras de água
1/2 lata de milho em conserva
3 colheres de coentro picado bem pequeno
2 colheres de café de páprica 
50 gramas de queijo feta picado em cubinhos bem pequenos
9 colheres de sopa de azeite extra virgem
3 colheres de sopa de limão siciliano ou tahiti
1 colher de chá de pimenta caíena fatiada bem fininha
e em pequenos pedaços
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de Fazer:

Numa panela funda, coloque a água, 1/2 colher de chá de sal, e a quinua para cozinhar por cerca de 15 minutos ou até que a água seque e a quinua esteja al dente. Retire do fogo e deixe esfriar. Quando a quinua estiver em temperatura ambiente, acrescente o queijo feta picado e o milho. Misture bem. Para o molho, dissolva 1/2 colher de café de sal no suco de limão, misture o azeite até obter a consistência de um bálsamo. Acrescente a páprica, o coentro, a pimenta caíena e a pimenta do reino, esta última a gosto. Acrescente o molho lentamente a quinua, misturando com delicadeza. Verifique e corrija o sal, se necessário.

Além das propriedades da quinua, também temos vários alimentos termogênicos nesta receita, como as pimentas. E a literatura aponta que estes ingredientes termogênicos são capazes de potencializar o processo metabólico e aumentar o gasto calórico. Então, bora fazer e provar a receita. No caso de uma preguicite, ligue para o Café Vélo Vert. Quem sabe a gente pode te entregar?

Muitos beijos ritmados!
MuachˆMuachˆMuach




Uma ótima semana. Força!




domingo, 10 de fevereiro de 2013

Carnaval: Drink cura ressaca


R.E.S.S.A.C.A...........


Olha que idéia genial a desta moça?
Dia propício para um passeio de bike pela orla, né?

Segundo o dicionário Aurélio, vulgo "Pai dos Burros": 


Alguém consegue ver o Leme logo ali atrás?
A foto da ruim, né? O tempo também!


"s.f. Movimento de queda e recuo das ondas quando o mar está muito agitado. / Fluxo e refluxo. "






Ledo engano. Quando eu era criança e morava perto da praia, eu também achava que era isto. O mar destruindo o calçadão e indo avenida adentro. Mas como o Aurélio, com o passar dos Carnavais, logo acrescentei a seguinte definição: 

Dar um mergulho no mar ajuda a melhorar a ressaca.



"Bras. Fam. Mal-estar causado por uma bebedeira." 





"Confesso que vivi." Quem não viveu, atire a primeira pedra. Por isso, até hoje eu evito Gim-tônica, detesto "Cajú-amigo" e aquelas batidas do tipo "Capeta", "Coquinho", então... Fujo léguas, kilometros. Sou capaz de correr um triathlon disto tudo. Todas as bobagens que a gente faz na adolescência, mesmo recebendo toda a educação e advertências dos nossos honrados pais. Como diz aquela mensagem do Facebook: aprenda com eles, se não a vida te ensina de uma forma mais dura.



Mantenha-se no estado de Yoga e continue a vida.
Não desista! 
E com o passar dos anos, a coisa só piora. Quanto mais detox a pessoa faz, quanto mais natureba está, limpa, fresca e em estado de Yoga, mais chance de uma ressaca fenomenal. Mesmo quando se toma algumas tacinhas a mais de um bom e inofensivo Rosé francês. O organismo vai perdendo o efeito memória. Aquela elasticidade "bebum" e a proteção que o Universo garante aos bêbados e as crianças.

E fui pesquisar o motivo de tanto mal-estar. A literatura acusa que o organismo, saturado de etanol, passa a produzir uma enzima para liquidá-lo. E começa a produção, mas ele não para mais de produzir a tal da enzima, como se pedindo mais álcool. Cuidado. Neste momento, pare, mesmo com aquela dor de cabeça, náuseas, tontura, e outras sensações descontroladas, tente se concentrar. Não vá encher a cara no dia seguinte com aquela desculpa que álcool em cima de álcool cura ressaca. Mas só um pouquinho mais para acalmar a fera, eu testei e "agarantio",  dá uma acalmadinha nas enzimas e te deixa mais centrado. Agora provado mesmo, é que isto não tem cura. A literatura não acusa uma cura. Beba muita água e descanse.

Mas se quiser descansar só na quarta-feira, beba a água e também o drink que eu preparei para tentar recriar um certo efeito memória. E trazer um certo frescor.


Drink Cura Ressaca

Ingredientes:

4 cubos de suco de mirtilos congelado
4 cubos de gelo
50 ml de água tônica de quinino
25 ml de Martini Rosso di Torino
duas cerejas vermelhas frescas
seis folhas de hortelã



Modo de fazer:

No liquidificador, bata os cubos de suco e de gelo formando uma raspadinha. Despeje esta raspadinha num copo longo para drink, de forma que ocupe quase todo o copo, Acrescente a água tônica, o Martini, e mexa levemente com uma colher para drink somente para incorporar o Martini ao drink. Não sacuda, não balance. 


Para decorar, no topo da raspadinha disponha as cerejas e as folhas de hortelã. Beba e coma algo leve, como um macarrãozinho cabelo de anjo na manteiga, você vai se sentir bem melhor. Pronto para outras.




 "Ó abre alas que eu quero passar."


BEIJOS!!!


sábado, 9 de fevereiro de 2013

É Carnaval! Farofa

Finalmente chegou o começo do início do ano. Quando a festa terminar na quarta-feira, já poderemos implementar projetos, fechar negócios, tocar oficialmente o ano. É a mais pura verdade, quer você aceite ou não, a vida começa no Brasil só depois do Carnaval. Só depois da quarta-feira de cinzas. Depois de uma bagaceira danada. De ter subido e descido da quadra da Mangueira. De ter feito o circuito Barra-Ondina na pipoca. De ter se acabado em Ouro Preto e em Olinda. É assim mesmo. 
Brasil: ame-o ou deixe-o.





E o que é mais que o Brasil tem? Ah, tanta coisa boa e ruim também, que só aqui tem. Mas tem uma coisa, que não é pão de queijo e não é cachaça. Que é um ingrediente da culinária brasileira de raíz pelo qual eu sou completamente alucinada: farinha de mandioca. Tem que ser das bem fininhas. Baiana, é claro! É um dos ingredientes que eu mais amo. E só o Brasil tem assim. Aqui a farinha de mandioca e o Carnaval não tem concorrência. Não há nada igual.


E vocês sabiam que a mandioca é rica em sais minerais, como fósforo, cálcio e ferro? Tem também vitamina C e do Complexo B,  óleos essenciais e proteínas? É super indicada no combate a inflamações e ao cansaço? Este produto nacional não é quase exportado, pois a produção desta farinha é muito artesanal ainda. E deixa assim que quanto mais artesanal melhor. Praticamente, produzida em baixa escala e por povos indígenas.





Além de ser uma ótima fonte de energia, ligo a farofa ao Carnaval, pois quando penso nesta festa me vem uma memória lá da infância, de um tio meu que é muito inusitado, cantando: "Fá faró faró faró faró faró faró fá fá. Comprei um kilo de farinha pra fazer farofa, pra fazer faró fá fá."


Então, acho que Carnaval que é Carnaval, não só tem que SER uma farofa, mas tem que TER farofa para acompanhar a feijoada do sábado, o churrasco do domingo, o frango, a moqueca capixaba. O que mais? O que mais? Aquela linguicinha mineira. Uma carne de sol lá do Recife. Ah, gente, estas comidas maravilhosas que só aqui tem. Pode me chamar de farofeira. No Carnaval, é permitido descer do salto alto, deixar de lado a fantasia de "Colette" e cair no samba. Farofa total!




Farofa Brasileira da minha avó francesa (!!!)


Ingredientes:



500 gramas de farinha de mandioca fina
200 gramas de manteiga 
1 cebola branca grande
sal a gosto



Modo de Fazer:

Pique a cebola em cubinhos bem pequenos ou a rale em tirinhas bem fininhas. Numa frigideira de fundo grosso, derreta a manteiga.  Incorpore a farinha e o sal a gosto rapidamente. E desligue o fogo.



E para minhas seguidoras solteiras, se você não consegui nada com aquele gato no Carnaval, aproveite a farofa (se sobrar!) e coloque na encruzilhada pro Santo. É tiro e queda. Até a Páscoa o coelhinho vem. KKKKKKKKK

E agora vocês me dão licença, mas vou festejar.

Vou de bike, é claro.



BEIJOS CARNAVALESCOS!!!