domingo, 30 de dezembro de 2012

Últimos desejos: Espaguete com Legumes Espiralizados e Pimenta Rosa



Retrospectivas são legais, válidas e imprescindíveis. Momentos de olhar para trás e fazer um balanço. Erros e acertos. Oportunidades perdidas e agarradas. Momentos tristes e felizes. Expectativas frustadas ou excedidas. Pessoas que se foram e chegaram. Obstáculos vencidos. Medos abandonados. Hábitos adquiridos. Tudo o que passou e não volta mais, pelo menos não da mesma forma. E tudo o que queremos que fique para sempre. 




Também é um momento de gratidão. De olhar para o ano que passou e agradecer. Agradecer por tudo. Ser grato pelos amigos, conquistas, coisas positivas, e até por aquela pessoa que um dia, com um 'bullying' velado e uma agenda oculta ou com simples omissões,  fez você se sentir incompetente, não pertencente a um lugar. Afinal, ela te lançou um desafio de superação. De superação de você mesmo. Se uma porta algum dia foi fechada, outras tantas se abriram e abrirão para um mercado cheio de opções. Difícil até de se fazer uma única escolha, de tantas maravilhas que a superação foi capaz de proporcionar.


Então, depois de balanço e gratidão, surgem últimos desejos de um ano que já suspira. Desejo simplicidade e fartura de emoções. Desejo de paz, amor e muita saúde. Saúde para cada um de nós e para o Mundo. Muitas bicicletas, menos carros. E, está aberta a temporada de ser feliz e correr atrás dos seus sonhos. De tentar mais uma vez mudar aquilo que já está superado. E já começou o tempo em que muitos momentos maravilhosos se seguirão. Muitos momentos deliciosos.



E, na busca por muita saúde, a última receita-desejo do ano é a de uma massa com legumes espiralizados. Muita energia e vitaminas para  esperar 2013!

Espaguete com Legumes Espiralizados
e Pimenta Rosa



Ingredientes:

2 cenouras grandes
2 abobrinhas grandes
8 bastões de Kani desfiados
1/2 cebola roxa
azeite de oliva
150 gramas de espaguete no. 5 Barilla
pimenta rosa
pimenta do reino a gosto
sal a gosto


Modo de Fazer:

Com a ajuda de um equipamento de corte espiral de legumes, corte as cenouras e as abobrinhas em espirais, como se fosse uma massa.Numa frigideira, aqueça 2 colheres de azeite e refogue a cebola. Apenas sue a cebola, não a frite. Acrescente o kani, apenas o incorporando a cebola, em menos de 1 minuto. Desligue o fogo e reserve este kani. Numa panela funda, coloque a água para ferver e cozinhe o espaguete até ficar al dente. Nesta mesma panela, enquanto a água estiver fervendo e depois o macarrão cozinhando, ajuste um suporte de cozimento a vapor na mesma panela do macarrão e cozinhe as cenouras e as abrobrinhas no vapor. Quando estiverem al dente, acresente ao Kani e adicione mais um pouco de azeite de oliva a seu gosto, mas com o fogo desligado. Por fim, quando a massa estiver al dente, misture-a aos legumes e ao Kani. Enfeite com pimenta rosa e salpique pimenta do reino no prato a gosto.


Bom apetite!



Adeus 2012!

Que 2013 seja um Ano Novo Gourmet e Delicioso! 
Cheio de gostosuras vitaminadas! 
E deixe ele vir com toda a força!





BEIJOS!!!






quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dèjá vu: Tender de Reveillon

A grande maioria de vocês ou quase todos já devem ter tido a sensação de um 'dèjá vu' na vida. Alguns tentam explicar dizendo que são memórias de vidas passadas. Outros, com base na teoria da relatividade, dizem que vivemos em muitos planos ao mesmo tempo. (Adoro esta idéia de poder me deslocar por aí ao mesmo tempo. Fantástica!) Outros tantos dizem que na verdade são lapsos de memória. Há uma nova teoria sobre um hipocampo subdesenvolvido e hiperestimulado, que tem falsas lembranças. Mas, nenhuma explicação definitiva, provada, certa.



 A verdade é que a vida intriga. E muitas coisas, muitas mesmo, não terão resposta ao menos neste plano terreno. Oxalá nos outros planos teremos alguma explicação. Quem sabe se algum dia, as respostas virão assim numa caixinha que se abre e lança um holograma. E, então, uma a uma, instruções, respostas e motivos irão se materializando como numa viagem astral. Quem sabe? Viajei.


Grupo de Suporte ao Dèjá vu: Bata só uma vez
KKKKKKKK

Mas aquela sensação de que já vi isto, já estive nesta situação, já conheço este lugar, que já disse isto é mesmo uma viagem. Muito intrigante mesmo. Para aqueles que têm mania de controlar a vida, então, é um sufoco. É um mistério insuperável. Um desespero. Pura tortura ficar tentando matar a charada da vida.





E foi assim que outro dia meu afilhado, procurando as luzes de Natal da varanda, falou quase cantando: "Madrina, Papai Noel foi embora e levou as estrelinhaaasss..." Bateu. Eu já vi isto. Devo ter algum dia falado isto. Ele não para mim, certamente, pois tem um ano e cinco meses. Jamais participou consciente de um Natal antes. E eu certamente não para minha madrinha nestes mais de quarenta. Coisas intrigantes. Não vou mais procurar pelas respostas. Soltei as garras da vida. Vou somente aproveitar a sensação da repetição. É curiosamente muito boa, além de intrigante.




Menos intrigante, mas muito prático é poder repetir no Reveillon alguns pratos do Natal. Não todos, porque como reza a tradição, aqui no Brasil, não se deve comer no Reveillon bichos que ciscam ou andam para trás. Então, nada de peru, chester e similares. Pavão, então, nem pensar. Vai que no meio de tanto charuto,  champagne e unhas vermelhas baixa a 'pomba-gira'*. 'Sai que este corpo não te pertence!' Muito branco, muita luz para entrar em 2013 com o pé direito e em paz.

Mas, como tender é feito de porco, que apesar de tudo anda para frente. E, enquanto as pessoas não aderem a onda Raw ou vegana (ambas que amo de paixão!), como boa anfitriã vou me render aos caprichos do povo e vou receber com um Tender. Receita da minha avó materna. Tradicionalíssima. Tender à L'Orange.  E vai dar aquela sensação de 'dèjá vu' quando formos preparar, pois todos os anos preparamos esta receita no Natal. E neste caso a sensação é muito mais saborosa. Aí vai.

Tender à L'Orange




Ingredientes:

1 tender em forma de bolinha com +/- 3 kilos
suco de 4 laranjas bahia
cravos da Índia
Karo

Modo de Fazer:

Deixe o tender marinar por cerca de 40 minutos no suco de laranja. Transfira tudo para uma panela funda e estreita, e deixe o tender cozinhar na laranja por cerca de 15 minutos. Acrescente água se for necessário, aos poucos. Após este cozimento preliminar, faça cortes em losangos em um dos lados do tender e no centro de cada losango disponha um cravo. Coloque o tender em uma assadeira média, regue-o com o suco de laranja que sobrou e o unte com o Karo. Leve ao forno preaquecido a 200˚C por aproximadamente 30 minutos.

Agora é só aproveitar o repeteco. E, no dia seguinte, se ainda sobrar para o 'enterro dos ossos', podemos aproveitá-lo para fazer deliciosos sanduíches em pão francês ou integral. Mas, não se esqueçam de acrescentar uma saladinha.

Agora, vamos continuar pedalando rumo a 2013
que promete.
A corrida está quase chegando ao fim.
E não foi fácil, né?




BEIJOS!!!

MUITOS!!!


* Para meus amigos estrangeiros que estão seguindo o blog, é importante explicar que a pomba-gira é uma figura da tradição Candomblé. E a figura feminina de Exu. Os seguidores desta tradição que tem origem africana na época do Reveillon tem o costume de presentear a entidade com licor de aniz, champagne, charutos, entre outros agrados.


domingo, 23 de dezembro de 2012

É Natal: Biscoitos Natalinos

Meninas da Casa da Vovó Gaida
E o Natal chegou! E com ele tive a benção de receber várias crianças na cozinha do Café. De enchê-las de brigadeiros, bolos, biscoitos e forminhas. Delicadezas e frescurinhas. E, como diziam as minhas lindas avós, a cozinha estava mesmo parecendo um jardim. Jardim de florzinhas encantadas. Jardim de frescor, da infância cheia de sonhos acordados. Sonhos que são mesmo realidade.






Tal como Papai Noel, tive meu par de duendes ajudantes, duas pequenas meninas-elfos trabalhando ao meu lado na receita do post de hoje, Bia e Lulu. Era para eu ensiná-las a fazer patisserie - coisa chic que eu aprendi longe daqui, quase em outro planeta - mas como sempre, acabei eu aprendendo uma linda lição de Natal. 




Trabalhar com patisserie requer delicadeza, mas antes de tudo requer um sonho. Um sonho bem sonhado. Acreditar que você pode transformar um punhado de farinha, manteiga e açúcar em uma viagem, uma fantasia,  e no fim, na mais pura realidade. E o que aprendi hoje foi isso. Não importa se lá fora está um Verão de quase 40˚C. Se eu acreditar, se eu quiser do fundo do meu coração, com muita vontade mesmo, é possível até nevar na cozinha do Café. E vão surgir bonecos de neve, todos arrumadinhos, enfeitados para uma festa, prontos para a recepção do Papai Noel. Fantástico. Pura magia. É só você acreditar com muita força mesmo. E isto vale para sua vida também. Tem um trabalho de bater, amassar, moldar, acertar, corrigir, abrir, decorar etc e tal, assim como na vida real, mas você tem que acreditar forte para a magia se concretizar. Sonhar é o pó de pirlimpimpim. Caso contrário... capaz de não dar certo, não. Esta foi a minha lição de hoje. E do ano.




Que horror! Não deixem o sonho acabar.
E eu me deixei levar por este sonho das duas meninas-elfo que amam muito o verão - porque mar e piscina não podem faltar nunca - mas que ao mesmo tempo querem um Natal do Pólo Norte, com direito a neve e tudo. Vamos lá. Para quê ficar tentando fazer algo mais tropical? Para quê inventar moda e fazer árvore de castanha do Pará, se o que o povo quer é ver Papai Noel chegar do Pólo Norte com aquela roupa toda e intacto. Só em sonho mesmo. Deixa pra lá. Deixa de blá, blá, blá. Vamos sonhar muito, porque um dia o sonho acaba. E, neste dia, o jardim não terá mais o frescor, será só um campo árido ou um ovo fritando no asfalto. Que cena terrível!  Quero sonhar como minhas ajudantes. Só me acorde em 2013.

E aí vai a receita de hoje dos Biscoitos Natalinos em forma de bonecos de neve para receber... Papai Noel! Venha de onde vier. Chegará faminto por doces sonhos.

Biscoitos Amanteigados Natalinos




Ingredientes:

Massa:

300 gramas de farinha de trigo peneirada

100 gramas de manteiga
1 ovo
2 colheres de chá de canela em pó
1/2 colher de café de sal
1 colher de chá de fermento em pó

Cobertura:


1 clara em neve

250 gramas de açúcar de confeiteiro
suco de 1/2 limão tahiti

Modo de Preparo:


Misture a farinha, a manteiga e o açúcar até obter uma farofa. A seguir, acrescente o ovo, a canela, o sal e o fermento. Abra a massa com um rolo. Corte usando uma forminha no molde de bonecos de neve.  Leve para assar no forno preaquecido a 180˚C, por 25 minutos ou até que fiquem dourados. Para a cobertura, bata a clara em neve e misture com o açúcar e o suco de limão. Coloque a mistura num saco de confeitar e cubra os biscoitos já prontos. Após secar, enfeite os biscoitos com a ajuda de canetinhas para confeitaria.


Aproveitem e sonhem muito.




Nunca deixem o sonho acabar.
Quando paramos de sonhar, 
deixamos de realizar.

BEIJOS GRANDES NATALINOS!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Advento: Pão para Saciar a Alma

Advento. Já entramos nele há algum tempo. E talvez nem tenhamos percebido, na ânsia de corrermos para chegar ao fim.  Para os cristãos tempo litúrgico que precede o nascimento de Jesus. Mais precisamente as quatro semanas que antecedem o Natal. Tempo de nos unirmos em família, de rezarmos pedindo paz ao mundo, de pedirmos perdão pelas faltas do ano e buscarmos o aperfeiçoamento para os próximos períodos.  Tempo precioso de arrumar a manjedoura a espera do 'Menino Luz'. 




'Adventus'. Em Latim, chegada. Do verbo 'Advenire': chegar a. E mesmo para os que não creem no milagre dos milagres, na chegada da 'Própria Luz do Universo', este pode e deve ser um tempo de se chegar a todos os objetivos traçados no ano que passou. A verificação do que não pode ser concluído faz parte do tempo também. E, então,  na tentativa de reparar o que não se atingiu, organizar a 'manjedoura interna' para o período vindouro, em que, miraculosamente, tudo se tornará possível uma outra vez, ao menos em nossas limitadas expectativas.




Se acredita ou não, se professa uma fé, uma religião ou não, este, certamente, é um tempo de confraternização. E não há uma confraternização sem uma comunhão. Comunhão de alegrias, vontades, idéias, risos, de passado ou de esperanças futuras. Pertencer a um grupo de mesmo objetivo. Partilhar. Voltar a ser criança. Tirar alguém para a dança.




E quando falo em partilha, em viver em comunhão, em ser criança mais uma vez, logo me vem a mente um belo pão. Um pão corado. Dourado. Um pão que vai se partir em mil pedaços. Multiplicar-se e saciar as fomes da alma, que são tantas. Inúmeras. Incontáveis e insaciáveis. Fome de paz, solidariedade, amor, respeito, atenção, amizade, simplicidade, humildade, carinho, autenticidade... de ser criança. De liberdade.

Esta receita cada um deve buscar em seu próprio livro. Mas o que eu posso fazer aqui hoje é partilhar com vocês uma receita do meu, desejando que o advento deste pão, que a sua preparação, possa se tornar um momento de reflexão em que, então, todos vão chegar a própria receita de um pão que irá saciar o novo tempo da alma.

PÃO ROSCA DO ADVENTO




Ingredientes:

500 gramas de farinha de trigo para pão
2 colheres de chá de açúcar
1 1/2 colheres de chá de sal
2 colheres de chá de fermento biológico instantâneo
150 ml de iogurte integral natural
175 ml de água

Modo de Fazer:


Misture todos os ingredientes e sove a massa até obter uma consistência macia. Deixe a massa descansar coberta por filme de PVC até que atinja o dobro do tamanho.




Numa superfície enfarinhada ou tapete de silicone para confeitaria, modele a massa em forma de um círculo. Faça um furo no centro e vá alargando até a medida de 12cm. 

Disponha a massa numa forma untada. Unte uma tigelinha pequena e a coloque no furo para manter o seu tamanho. Cubra a massa de novo com um filme de PVC e deixe a massa dobrar de tamanho.


Retire a tigela do centro e o filme de PVC. Faça cortes na parte superior e enfarinhe o pão. No forno preaquecido a 220˚C, asse o pão até que fique dourado e soando oco quando bater na casca. Não abra o forno durante o processo de cocção.

Aproveitem este lindo pão, fonte de energia
que nos manterá na estrada pedalando rumo
ao próximo período.




Um ótimo Advento a todos.



Beijos!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Aparências Enganam: Caipisakê de Lichia


A primeira vez que vi uma caixa de lichias fiquei bastante intrigada. A fruta vinha da China naquela época, mas hoje em dia temos uma produção grande no Brasil, no interior de São Paulo e no Paraná. E já é época de lichia!

 Logo reparei que apesar da casquinha ser diferente. A fruta era bonita, cheirosa, mas como comer? Dúvidas só por meio minuto, porque minhas mãozinhas gulosas, sem dó, nem piedade, furaram rapidamente a casca. Então, encontrei aquela polpa saborosa e carnuda. Fiquei sabendo depois das propriedades medicinais. O conteúdo tem caboidratos, proteínas, vitaminas (Vitamina C, Riboflavina, Tiamina, Niacina) e sais minerais. E dizem que ajuda a chapar barriga. Pasmem! É, as aparências enganam. Depois descobri que a lichia é prima do guaraná.

Prima? É, esta mesma reação eu tive quando vi minha priminha Mariana pela primeira vez. Que bebê moreninho, redondo, diferente de todos aqueles branquelos de cabelo de fogo que eu já tinha visto até o momento. Que olhos espertos. Uma bebê moura, beriberi. Não, Merimeri, mesmo. E ela já nasceu berrando pro Mundo. O povo dizia que eram cólicas. Mas, mais tarde, quando me tornei mãe, aprendi que os bebês gostam de ouvir a própria voz. E, por isso, choram sem parar até terem a certeza de que gostam do próprio tom. Com o passar do tempo aprendem a manipular os mais velhos com o chorinho.



E sempre foi assim. Ela sempre foi a diferente. A inusitada. A autêntica portadora de saias justas. A brincalhona, piadista, do balacobaco. A mais vaidosa, cheirosa e maquiada do pedaço. Aquela bicicleta que vai deixando gargalhadas e alegria pelo caminho. Uma pessoa de baixa estatura. Mas, aqui também as aparências enganam. Pensaram que a moça é 'flaquita'? Ela deve mais de 2 metros de altura virtual. Energia, garra e pura determinação. Organização. Perseverança. Ela até é capaz de enquadrar marginal. Tem poder de prender e soltar. Jurídica. Ainda vai dar muito mais o que falar.

Teve umas épocas que se aventurou em Barcelona. Comédia. Fez amigos e aprendeu a se virar na faculdade, no 'locutório' e depois num escritório de importação e exportação. Quando voltou ao Brasil, deixou muitos desolados. "Llorando por ti!". As cartas que Mari mandou a família estão arquivadas e serão objeto de um outro livro, desta blogueira que vos escreve. Com receitas espanholas, é claro. Mas não deixem a turquinha saber, se não vai querer um cachê, representação, sociedade, direitos de distribuição, etc. Guardem segredo.

Então, bora beber o drink com ela para comemorar o aniversário já passado. É, gente VIP tem uma semana de comemoração de aniversário, ainda mais porque ela é madrinha de quase todas as crianças da família, até dos que não são - oficialmente. Dinda linda!

Caipisakê de Lichia


Ingredientes:


6 lichias (polpa)

50 ml de sake gelado
1 colher de chá de açúcar ou
1 saquinho de adoçante
gelo a gosto.

Modo de fazer:


Macerar a polpa da lichia com o açúcar no fundo do copo longo. Acrescente o gelo e depois o sakê bem gelado. Pronto.


Delice. Delice. Ah si je t'attrape. 
A se eu te pego, ah, ah...

KKKKKKKK!


Um grande fim de semana para todos!




BEIJOS!!!



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Parte Final: Hosomaki em clima de Monções



E então acabou a primavera aqui em São Paulo. E tal como ocorre na Índia e no Sudeste Asiático começou o clima de monções. E as paradas de sucesso tocam, incessantemente, Capital Inicial: "Mas só chove, chove, chove... " E as Niagara Falls se instalaram nos Jardins carregando rio abaixo a linda decoração de Natal e todo o lixo da Cidade também. 

E até a Geografia ficou obsoleta. Que o Mapa Mundi já estava obsoleto todos já sabiam. Ele tenta se atualizar pelo Google a cada conflito mundial. E é um tal de separação de nação, que está pior que no Juízo Civil de Família.  Mas, o mais improvável também aconteceu. O estudo do clima... as teorias também deve estar obsoletas.  Aqui em São Paulo o comportamento climático é capaz de desafiar e encafifar qualquer teórico climatologista. Verão = clima de monções. Acho que São Pedro está de molecagem com São Paulo. Aquela história de terra da garoa já era. É chuva torrencial com direito a Pantanal em plena Avenida Brasil. 25 de março virou porto de novo. Agora só faltam os rios serem navegáveis e trocarmos nossos carros por barcos. Vai ser só glamour. Daí, eu nem vou precisar me mudar para Veneza.

Bem, depois deste desabafo, melhor eu postar logo a parte final da receita, para conter esta vontade de protestar, para não dizer outra coisa mais desagradável. Na falta de assunto ameno e encantador, como os que sempre marcam os meus 'posts', segue a finalização da receita. Nua e crua. Mas, amena e encantadora como o povo oriental. Puro Ômega 3 com Vitamina C. Antioxidantes, anticancerígenos e anticolesterol. Tudo de bom. Alimentação saudável para acalmar e desopilar o fígado também.

Hosomaki de Salmão, Morango e Cream Cheese


Ingredientes:

2 xícaras de arroz de sushi cozido
3 folhas de nori (alga para sushi)
2 morangos cortados julienne
1/2 pepino cortado julienne


2 colheres de sopa de cream cheese
50 gramas de salmão cortado em tirinhas

Modo de fazer:

Disponha a nori cortada ao meio sobre uma makisu (esteirinha de bambu). Cubra a nori com uma camada de arroz deixando pelo menos 2 cm livres na parte superior e inferior da folha. Coloque o recheio sobre o arroz. 


Depois enrole o makisu começando do lado de dentro próximo a você.  Termine o processo de enrolar o makisu e comprima o rolo até obter um canudo arredondado. Arrume as pontas, empurrando qualquer excesso para dentro da alga.


  Com uma faca japonesa afiada e molhada na água com gotas de limão, corte o hosomaki em rodelas iguais de mais ou menos 2,5cm.





Prontinho. Fácil. E combate qualquer stress.

Agora, esta receita acompanhada do drink de amanhã.
É, ai vai rolar a festa! Vai rolar!



E vamos pedalar que atrás e na frente
só tem água, gente!

BEIJOS!!!



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Hosomaki Parte II: O Arroz de Sushi




Engana-se aquele que pensa que japonês é tudo igual. E, o  que confunde japonês com chinês? Isto é ofensa capital! Lamentável. Esse provavelmente pensa que arroz é tudo igual também. E  corre o risco de até fazer risoto com arroz agulhinha parabolizado e sushi também! Crime.


Nada disso. Existem vários tipos de arroz e cada arroz por sua granulação e textura tem uma serventia no mundo da gastronomia. Existe arroz negro, vermelho, grano longo, grano curto, parabolizado, integral e por aí vai, com diversas possibilidades uma para cada receita. Existe até arroz pra jogar nos noivos, tradição que começou com os hindus e japoneses, como votos de fertilidade ao casal.


I-Fairy: Robô que ministra casamentos em Tokyo
Existe também o famoso 'arroz de festa'. É aquela figura que está em todas. E mesmo 'arroz de festa' tem de vários sub  grupos. Tem aquele que é penetra mesmo. Cara de pau. Tem o chato que você tem que convidar para retribuir ou para que ele não fale mal da sua festa. E tem aquele que é popular mesmo. Já ouviram o termo VIP - Very Important Person. Gente do balaco baco. Minha prima Marimari é popular, VIP, do balaco baco. E além de estar em todas, em todas que ela está é uma animação só. Não tem tempo feio. A banda é mais ou menos. Ela arruma um karaokê. A banda é boa. Ela sobe no palco e canta junto. E leva o back vocal também. Mas, nem todos conseguem acompanhar a moça!


Bem, o arroz que vamos usar para o sushi, neste caso um hosomaki, porque a alga vai por fora do arroz, é do tipo 'sasanishiki'. Pronuncia-se 'sassanixiqui'. Próprio para culinária japonesa. Seus grãos de classe curta favorecem o cumprimento do propósito. Aqui o lema é "Unidos venceremos". Nada de arroz soltinho. É super população grudadinha que nem no metrô de Tokyo.



Ufa! Então, vamos lá preparar o arroz grudadinho. 'Gohan'. 

Arroz de Sushi



Ingredientes:


1 xícara de arroz sasanishiki (200 gramas)
30 ml de vinagre para temperar sushi 
ou sushi-zu

Modo de Fazer:

Lave o arroz muito bem até a água sair translucida. Deixe o arroz secar e inchar por 1 hora. Numa panela com tampa, coloque o arroz e 2 xícaras de água. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo alto por 2 min, em fogo médio por 5 min, e em fogo baixo por 15 min. Tente entender o cozimento pelo som da panela. No começo borbulhas, depois a tampa da panela começa a balançar um pouco enquanto a água é absorvida. Evite abrir a panela durante o cozimento. Depois de cozido, retire a tampa e deixe descansar por 15 min coberta por um pano  de prato ou papel absorvente. Despeje o arroz numa tina (hangiri) e espalhe-o na tina como se estivesse arando um terreno. Isto é para esfriar o arroz. Se precisar abane o arroz com a ajuda de um leque, um abanador ('uchiwa). Enquanto, isso vá acrescentando o vinagre ('sushi-zu') aos poucos.Gaste cerca de 10 min neste processo. Só use o arroz quando estiver em temperatura ambiente.

Dicas: Arroz => Quando eu não consigo ir até a Liberdade, eu uso o arroz sasanishiki do Tio João (Variedades Mundiais). Quebra mais que o galho. Idem com o sushi-zu, quando não tenho paciência de fazer o tempero, eu compro o Tempero para Sushi Suave, Kenko, da Sakura. Os dois aprovadísssimos!

Agora vocês terão que esperar até amanhã 
para eu executar o Hosomaki mais pedido do
pedaço. Os curumins aqui de casa adoram!




Pedalando galera rumo ao terceiro passo
nesta bike invocada!

BEIJOS!!!

E mais um bem GRANDE
especial para Dinda Mariana!



Muach!!!