Ervas de Provence formando um coração Foto: Leticia Amaral |
Em primeiro lugar, quero dizer que qualquer semelhança é mera coincidência. Esta história, ou melhor, estória, com 'E' maiúsculo, que eu vou contar aqui hoje poderia até ser baseada em fatos reais, porém eu vou negar até a morte que esteja falando de alguém que conheço. Os fatos narrados aqui são todos da minha imaginação e autoria. É, eu descobri que gosto de contar e escrever estória... A Madona também! E, como eu disse acima, é muito comum que isto tudo vire realidade. Reze para que aconteça com você algum dia, pois a sensação de um amor a primeira vista é algo indescritível, devastador, eletrizante, energizante, extasiante, ante, ante, ante................................................................imortalizante!
Campo na Provence - O que este campo está fazendo aqui? Continue lendo pra saber. |
Vamos lá. Era uma vez uma linda princesa árabe, não a Sherazade, sabe? Sabia que Sherazade tinha uma irmã loira? Sabia que aquele povo pode ser clarinho, clarinho, e ter olhos claros também? Não é albino, não. É variação de raça. Pois, a princesa tinha olhos cor de mar quando chega na beira da praia de areia amarela. Bem, deixa eu continuar aqui, já estou falando muito. No palácio do Sultão, ela foi criada com banquetes monumentais. Uma ama-chef cozinhava quibes, coalhadas, mijadra, tabule, babaganuche, fatuche, tanto uche que a menina ficou muito exigente com o paladar. Além disso, ela sempre tinha a possibilidade de ir a um outro sultanato comer uns petiscos trazidos do Oriente longínquo, ou de qualquer outro canto do planeta que a sua tia novidadeira inventasse e tentasse trazer para a divisa do sultanato.
E assim ela cresceu e foi prometida a um príncipe. O tal era nômade e levou a princesa pra longe do mar. Logo seus olhos pararam de brilhar. Longe do mar perderam a cor. E na casa do príncipe a moça ficou infeliz com a comida. Ele era um cara assim muito legal, gentil, boa pinta, bom príncipe, mas não deu 'tchan, tchan, tcharã' entre os dois. Fazer o quê, gente? Isso acontece, todo dia. Você que discou o 2 sabe disso, né? Não fuja, fingindo que não é com você, está bem? Estou sabendo que você tem meia dúzia de amigos com quem isto já aconteceu, igualzinho estou descrevendo aqui. E eu devo ter uns quinhentos.
Margot Fonteyn em Ondine - 1958 Royal Academy of Dance |
Até que um dia resolveu, criou forças, não comunicou ninguém, e zarpou com a galé numa tarde fresca de primavera. Sumiu. E assim viveram felizes por muitos e muitos anos, cozinhando e vivendo perto do mar. Depois de algum tempo, de passagem por um porto, comunicaram ao sultanato, pediram benção, promovendo uma dança dos sete véus à beira mar. E o amor a primeira vista continua firme como a terra, apesar de eles viverem de porto em porto, sempre no mar, ou no ar!
Eu em Aix-en-Provence Fiquei apaixonada por esta ruela estreita! |
Ingredientes:
10 camarões VG (very grande!)
ervas de Provence a gosto
4 dentes de alho picados em cubinhos (no mínimo!)
azeite de oliva
Sal a gosto
Modo de Fazer:
Limpe bem os camarões sem retirar a casca. Retire as cabeças. Com uma tesoura corte a carapaça superior em sentido longitudinal da cabeça para a cauda e retire as tripas. Lave e reserve. Numa frigideira de fundo grosso, aqueça o azeite, adicione o alho e os camarões. Salpique as ervas de Provence e o sal a gosto. Uma colher de chá é o mínimo! Deixe ficar cor de rosa do lado de baixo e então vire os camarões. E deixe acontecer o mesmo com o outro lado. Regue com mais azeite antes de servir. Sirva na frigideira mesmo, acompanhado de um cuscuz marroquino (post de 25.09.2012).
Ainda que seja em ficção e
você não tenha a menor idéia do motivo,
só porque eu estou saudosa.
BEIJOS!!!
P.S.: Sirva um bom vinho rosé, bem gelado, para acompanhar estas maravilhas!
Liiinda! Você esta se revelando um talento e tanto! Na cozinha e na escrita! Bem, pelo jeito e de familia, ja que a filha ja entrou no mundo musical, hehehe. Amo vocês!
ResponderExcluirLinda é você! Aliás, gorgeous! Esta também pode ser a sua história com o seu príncipe, né? Felicidades agora e sempre!
ExcluirSabe de quem eu me lembrei nesta estória! Da Tatiana....talvez pelo amor a primeira vista,talvez a proximidade do mar e pela comida...e principalmente da descendência árabe! Enfim é uma linda estória a sua e uma linda história a dela...bju dinda
ResponderExcluirPode ser uma estória também de uma linda moça que passa a caminho do mar e um certo dentista que não tinha o que fazer com a boca dela se não beijar. Muitoooo! Deixa que eu escrevo esta também! Já, já... Vcs são as minhas estórias, ou melhor, histórias.
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