terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nunca só, mas sempre bem acompanhado: Cuscuz Marroquino

Rabat - entrada da Medina
E uma vez meu pai me relatou o som que um dia escutou bem de madrugada da janela de um hotel no Oriente. Ele é uma daquelas pessoas afortunadas que tem ouvido especial para música, sabe apreciar e escuta cada som, reconhece cada acorde e instrumento. Mas, o mais admirável nele é que recebeu o dom de descrever a música em palavras. Palavras que ele dirige a poucos, quase em segredo.



E eu, que não herdei estes dons, mas que sou ávida e curiosa por qualquer coisa diferente, que tenha história ou tradição por trás, corri pra saber que música era esta que chamava os homens para rezar na Medina, ou o Azaan, Adhan, também conhecida no Ocidente como "call to prayers". E, realmente, é uma música muito especial que tem o poder de nos atrair e nos elevar. Depois  entendi que esta música sagrada meio que "inspirou" os cantos templários e gregorianos. Procurem no youtube. Dadas as circunstâncias mundiais, fiquei com receio de adicionar aqui no post. E depois procurem por uma versão do canto na Torre (não é o reggae!), e me digam o que acharam. Lindo, né. Realmente, divino e sagrado. Quero comentários.

Bem, mais chega de papo cabeça já que muita gente por aí prefere um axé ou música country. E eu não vou nem citar os artistas preferidos do povo e discutir este assunto aqui, pois aí se eu te pego e não quero começar nenhuma guerra santa, muito menos aqui no meu blog dedicado a paixão pela gastronomia e pela vida. Totalmente peace and love. Afinal, eu sou da era de Aquário.

Voltando pra receita básica inspirada na música, resolvi fazer um cuscuz marroquino a minha moda. Sempre abrasileirando! Kkkkkk. E foi para acompanhar um poulet aux oignons, ou melhor, como diria o meu pai com todo seu poder de síntese, uma galinha com cebolas. Esta receita é mais complicadinha, e vai requerer um poder de síntese que o blog ainda não comporta. O blog, sabe? Então, vejo vocês em breve no Café Vélo Vert para um poulet. E segue o acompanhamento. Antes bem acompanhado e nunca só. #Calabocamagda.

Agora, só pra terminar os causos do dia, vocês sabiam qual é o prato mais apreciado pelos franceses? É, chuta aí. Eu estava lá em 2011 quando fizeram a pesquisa e anunciaram. Não é a quiche, não é o boeuf bourguignon, não é o steak tartar. No hit parade de Paris, é o cuscuz!!! E eu também amo cuscuz, de qualquer jeito. Só ou mal acompanhado.

Cuscuz a moda do Café Vélo Vert


Ingredientes:

1 cenoura média
250 gramas de farinha de cuscuz (sêmola)
250 ml de água
2 colheres de passas brancas
1 dente de alho descascado e picado em cubinhos bem pequenos
30 gramas de castanhas de cajú bem picadinhas (eh meu lado Nordestino que não me larga!)
Sal a gosto 
Azeite de oliva

Modo de fazer: Descasque e limpe a cenoura, corte-a julienne e depois em cubinhos bem miúdos. Cozinhe a cenoura por 5 min em água fervente com pouco sal. Escorra e reserve. Cozinhe o cuscuz como indicado na caixinha. Cada tipo tem um modo de preparo indicado. Eu costumo ferver a água com sal e uma colher de sopa de azeite de oliva, acrescento o cuscuz, cozinho por mais 3 min até a água da panela secar. Sempre mexendo. Depois apago o fogo e deixo tampado para que os grãos fiquem bem hidratados.  Destampo a panela depois de 5 min, separo os grãos com uma colher delicadamente e acrescento mais um fio de azeite. Após misture ao cuscuz os demais ingredientes. Deixe para acrescentar as castanhas somente quando for servir para que não percam a crocância.




Bom dia!!!


Saboreem o dia e elevem as suas preces!


Beijos!!!


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