quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween: Torta Doce de Abóbora

E enfim o Halloween chegou. E Sandy, finalmente, estourou nas paradas de sucesso de NY! Que foi aquilo, senão o próprio Halloween? A água inundando as estações de metrô, cascatas no Marco Zero, um arraso total no Battery Park, nem o glamour dos Hamptons foi poupado. Parecia até o cenário de "The day after". Ouvi um jornalista outro dia falando na rádio, que pra ele nada daquilo foi surpresa, que teve uma sensação assim de "dèjá vu", pois o cinema já tinha lhe antecipado a catástrofe. Amazing! Spooky!
Cena do filme "The Day After"

E vocês sabem a origem do Halloween? Tal como comemorado atualmente é uma criação muito americana, de se vestir de monstro, de bruxa ou de qualquer outra coisa assustadora ou fofinha e sair por aí arrecadando guloseimas. Esta festa tem pouco tempo de existência como tradição cultural, mas já conquistou o mundo. Eu já fiz isto e realmente é uma coisa legal, para as crianças é super divertido, mas tem que se ter muito cuidado pra não entrar em frias, porque a bruxa fica realmente a solta. Fora que o nosso carnaval é muiiiittooo mais diverto, a gente dança pra caramba, e não carrega nada pra casa. Vai deixando tudo pelo caminho... É bem mais diet!

Bem, voltando ao assunto, a palavra Halloween deriva do escocês "Allhallow-even" (véspera do dia de Todos os Santos, comemorado em 01/11). E no dia 02/11 comemoravam a festa de reverência aos mortos ("All Souls"). Mas esta tradição remonta, na verdade, aos anos de 600 a.C. a 800 d.C., em que os celtas e gálicos comemoravam o festival de Samhain, ou o final do verão. Estes povos pagãos acreditavam que durante este festival os céus e os portais energéticos e espirituais se abriam e os mortos poderiam retornar a terra para visitar seus entes queridos. Era uma festa que marcava também o final do ano celta, o final das colheitas e o início de um novo período. O inverno que estava por vir seria cheio de restrições e pesado e as provisões de comida seriam providenciais e extremamente necessárias. Daí, a tradição da arrecadação das guloseimas. 

Roda do Ano Celta - Celtic Wheel of the Year

Depois os druidas, que eram estes povos pagãos, foram se mesclando aos romanos invasores, e toda esta cultura foi desaparecendo, assim como a comemoração do Samhain. E a festa  foi se influenciando, posteriormente, pelas práticas da religião católica, por alguns costumes franceses - como não poderia deixar de ser! - com o aparecimento das pestes na Idade Média, com o Guy Fawkes Day ("Conspiração da Pólvora"). E foi tomando ao longo dos tempos a forma que atualmente tem. Mas, isto demorou muitos e muitos anos até o "trick or treating".




E para comemorar o Halloween no melhor estilo celta, vamos executar - e comer! - uma torta de abóboras que eu capturei em uma publicação britânica que eu sigo mensalmente há anos e estou feliz que agora posso baixar no iPad[*]. Simplesmente super delicious!

E vamos fazer isto escutando uma música linda cantada pela Loreena McKennitt, que eu acho tudo a ver com a data.




Torta Doce de Abóbora



Ingredientes:

450 gramas de abóbora sem casca cortada em pedaços
2 ovos grandes; gemas e claras separadas
60 gramas de açúcar demerara
60 gramas de açúcar mascavo
1/4 de colher de chá de canela, nós moscada e pimenta da Jamaica
3 colheres de sopa de creme de leite fresco
30 gramas de manteiga derretida

Para a massa:

200 gramas de farinha de trigo
100 gramas de manteiga picada em cubos
2 colheres de açúcar refinado
1 gema de ovo bem batida com 3 colheres
de água gelada
pitada de sal
açúcar de confeiteiro para enfeitar

Modo de Fazer: Deixe a abóbora de molho em água fervente por 15-20 min até que fique macia. Deixe escorrer por 2-3 min. Passe a  abóbora por um processador de alimentos até obter um purê. Não acrescente água no purê. Se não vocês vão ver o resultado! Fica mole e não cresce. Depois passe o purê por uma peneira para retirar a fibra. Reserve o purê. Para a massa, coloque a farinha de trigo em um processador ou batedeira com a manteiga e uma pitada de sal. Bata até obter uma consistência enfarinhada. Numa tigela misture a farinha ao açúcar e as gemas até obter uma massa homogênea. Envolva esta massa em um filme plástico e deixe descansar por 20 min. Abra a massa em uma forma de 24cm de diametro, que tenha 3-4cm de profundidade. Preaqueça o forno a 190˚C. Bata as gemas, o açúcar e as especiarias até obter um creme claro. Misture o purê de abóbora, o creme de leite e a manteiga derretida, e acrescente esta mistura às gemas batidas. Bata as claras em neve e misture ao recheio de abóbora. Preencha a assadeira já contendo a massa aberta. Leve ao forno a 205˚C até que fique dourada. Deixe esfriar e sirva coberta por uma camada fina de açúcar de confeiteiro.

Trick or Treat!



E pedala aí gente, que fiquei
meio assim scared com Sandy.

Haunted Kisses!!!


[*] Country Living, October 2012, Hearst magazines, UK, page 152, Sweet Pumpiking Pie. Tradução e adaptação da receita por Letícia Amaral.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Abacate Parte II: A revanche!

Camiseta com nomes de passos
do Ballet Clássico
Outro dia eu contei para vocês bem en passant o que é o sofrimento de uma bailarina em termos de alimentação. Quantas restrições. Pobre do abacate. E da banana?! Nem se fale. Mas quero crer que tenha conjugado o verbo errado, que esta conjugação certa atualmente seja no passado. Aquele do tipo mais do que perfeito. Quero crer que as pessoas do mundo da dança tenham evoluído nestes anos em que eu estive afastada das barras, exilada nas teias do mercado financeiro. 

Martha Graham revolucionou o Ballet
Afinal de contas, como diziam as nossas avós, "saco vazio não para em pé", que dirá dançar uma coisa maravilhosa e desafiadora como a suite O Quebra Nozes, o pas de deux de Gisele, o solo de Carmen, o Ídolo de Ouro de La Bayadère - eeeeh, eu dancei! - e uma coreografia a la Martha Graham, nem o diga! Porque pra dançar este tipo de dança você tem que estar vitaminado, com a alma alimentada e cheio de amor pra dar.

Dunas de Itaúnas
Conceição da Barra - ES
E, digo isto porque a alimentação é uma das coisas mais bonitas da vida. É uma das frentes em que exercemos nosso direito de sermos mais felizes e saudáveis. "Faça do alimento o seu remédio. E do seu remédio, o seu alimento." E se pudermos comer, dançar e amar, melhor ainda. Vou escrever outro best seller: "comer, dançar e amar." Começa em Paris, breve passagem por Londres - ou seria melhor numa certa pista de dança na areia de uma praia em Ilhabela? - e termina em qualquer lugar, sempre bem acompanhado, é claro!  Ou melhor, pode ser nas Dunas de Itaúnas, tipo "Gabriela" para não ficar batendo na mesma tecla da Toscana? Ou que tal "1000 dias na cozinha do Café Vélo Vert"?

Bem, mas vamos parar com este papito furado. Eu hoje me empolguei e me excedi, como diz a minha filha. E vamos pra receitinha com o tal do @bacate avocado. Me apaixonei e não quero largar a fruta. Linda, né? E nem ouse fazer gracinhas com esta revelação, ouviu? E que tal comer na salada? Mas desta vez eu fiz sem coentro para aqueles que não curtem muito a Guacamole.

Vamos lá:

Avocado Invocado no Molho Agridoce


Ingredientes:

2 avocados maduros

Molho:

3 colheres de sopa de blueberries frescas
suco de 1 limão siciliano
2 cm de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de vinagre de maçã orgânico
1/2 colher de chá de açúcar mascavo orgânico
2 colheres de chá de tempero japonês tipo Missô
sal a gosto

Modo de Fazer: Parta os avocados no meio com a ajuda de uma faca para frutas "dilicada". Amorne uma colher de sopa em água fervente, depois retire a polpa dos avocados passando esta colher rente a casca. E passe um pouco de limão nas metades para que elas não escureçam antes de serem servidas. Para o molho, bata em um processador todos os demais ingredientes, inclusive 2 colheres das blueberries, reservando a outra para enfeitar e acrescentar outra textura à receita. Coe o molho em uma peneira bem fina ou saco próprio para coar alimentos. Sirva as metades dos avocados, com o molho no seu fundo e com algumas das blueberries. 

Avocado para Amar sobre uma cama de rúcula

E a revelação final: esta receita, criada por mim, é vegana e segue os princípios da raw food. 

Taí, não precisa ter gordura do mal para ser gostoso, feliz e muito menos pra ser amado!



Pedala aí, tá? Que isto ajuda a queimar as kcal.

BEIJOS VITAMINADOS!!!


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Farfalle de Primavera

Eis que estava eu outro dia caminhando por uma rua comercial de São Paulo, pela manhã bem cedinho. As lojas ainda não estavam abertas. Era realmente muito muito cedo. Mas, como toda mulher, da família das centopéias, aproveitei para me atualizar sobre uns sapatinhos.

Não adiantava nem sofrer a tentação de querer adquirir mais um sapatinho para a minha coleção, pois nem se eu quisesse muito, com força, não dava para comprar mesmo, pois o estabelecimento encontrava-se fechado. Cerradito, fermé. 

Foto: Renato Spadafora


Beatriz no Borboletário Manjar da Garças - Belém PA
Foto: Renato Spadafora
Logo pensei que nesta nova fase em que estou o comprar só e simplesmente por comprar já não me divertiria mais, não mais teria o mesmo poder de trazer liberdade da alma com nos velhos tempos. Agora, o grande barato é estar livre, olhar de tudo, admirar, pesquisar e capturar imagens. De tudo um pouco aqui e ali. Voando e posando em todas as flores do jardim como uma borboleta nesta manhã ensolarada de primavera.

Rua Oscar Freire, Jardins - SP Foto: Leticia Amaral
Foi, então, que me deparei com esta linda borboleta branca presa do lado de dentro vitrine. Primeira reação cibernética foi registrar o achado imediatamente. Mas, enquanto eu capturava o momento no meu celular, pensei em quão interessante era aquela situação. Eu de fora buscando a liberdade de uma borboleta na primavera me encontrei com uma presa numa vitrine de uma loja. Presa no modismo da mais nova coleção. Sincronicidade de novo. Freud não sei se explica, mas Jung, sim. 

Foto: Renato Spadafora

Pois bem, deixe-me ser um pouco mais clara na mensagem. É que a borboleta é o símbolo da alma. E não é a toa que os gregos a chamavam de psique, que também era a palavra empregada para alma. E a cultura greco-romana acreditava que quando os homens morriam a alma era liberada e personificada em inúmeras borboletas que ascendiam ao céu. Lindo, né? A cena é aquela do desenho animado do Tim Burton, "A noiva cadáver". A borboleta significa a transformação, a evolução e a passagem para um novo estágio. 


Assim, ficou clara ali na rua mais chic de São Paulo, no point mais fashion do lado de cá dos trópicos, naquele metro quadrado mais valorizado de Sampa, num ínfimo segundo, a mensagem do "Universo" para mim: não pare, evolua, prossiga! Você não quer ficar aí presa, né?

Agora chega de papo-cabeça e vamos voando pra receita do dia, que usa como ingrediente de fundo uma massa linda que se chama farfalle, borboleta em italiano.

Farfalle de Primavera Café Vélo Vert




Ingredientes:

6 alcachofras pequenas
1 lata de tomates pelados
10 azeitonas pretas sem caroço picadas grosseiramente
1/2 cebola média picada
sucralose para culinária
3 dentes de alho
azeite de oliva
orégano a gosto
1 lata de sardinhas em conserva
250  gramas de massa tipo Farfalle

Modo de Fazer: Tire as folhas mais grossas das alcachofras, corte a parte superior com a ajuda de uma tesoura e cozinhe-as em água e sal por 20 min. Numa frigideira, aqueça o azeite. Agora é o passo do famoso "sue a cebola, não frite." Pois é, quando a cebola estiver macia, acrescente os dentes de alho picados. Deixe dourar. Acrescente a lata de tomates pelados inteira. Pique os tomates dentro da frigideira com a colher de pau grosseiramente. Deixe este molho cozinhar e reduzir por 10 min. Acrescente o óregano, o sal, uma pitada de sucralose para culinária. Acrescente as azeitonas e as sardinhas também picadas grosseiramente. Esta receita é uma grosseria só! Acrescente as alcachofras cortadas ao meio. Corrija o sal. Deixe cozinhar por mais 5 min. Neste meio tempo, cozinhe a massa em água fervente com água, um fio de óleo e sal, ou conforme a indicação da embalage. Sirva o molho misturado a massa numa travessa funda para massa. Pronto, está feito. Quem quiser comer prontinho passa lá no Café daqui alguns meses ou me dê uma ligadinha.

E como trilha sonora assistam o clipe de uma das minhas músicas italianas preferidas na voz do Eros Ramazzotti.






E continue a pedalar!




BEIJOS!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mamamia: Arroz à Grega

Começamos a semana aqui no Café na maior agitação. Fomos convidados há um mês aproximadamente por uma noiva linda, charmosa, descolada, extremamente criativa e autêntica - ainda faltam adjetivos pra qualificar a moça! - para fazer uns brigadeiros gourmet: chocolate ao leite belga, chocolate amargo belga, limão siciliano e prestígio. O casamento será numa praia. Cenário paradisíaco.


Estas receitas eu já postei aqui no blog. Então, não vale repetir, né? Corram nos posts antigos e confiram. Mas, tendo preguiça - eu sei que isto acontece - é só nos charmar. E, não precisa se confessar, tá? Podemos fazer em grande quantidade e com pouca antecedência, o que é mais difícil, pois os brigadeiros devem ser consumidos em no máximo 3 dias após o preparo. Tem também receitas com pistache, licores, café e damasco.

Mas, isto tudo me fez lembrar o musical "Mamamia". Não que a estória seja parecida com a da noiva. Ela tem pai certíssimo, viu? É... devo concordar que ela até tem o tipo físico da mocinha do filme. Assim: loira, linda, cabelón e olhos claros. Mas, de resto... só a animação e a praia linda! Daí, eu na minha fértil imaginação - ou seria uma vontade louca de estar no lugar da locação do filme? - tratei de me teletransportar para aquele cenário. Na Grécia, sabe? Aquele mar azul e delicioso que-não-tem-fim.................................................... Um desbunde de lindo. Só sonhando. Ahhh...


Voltando do Olimpo, para esta terrinha aqui bem firme, vou dizer para vocês mais uma vez que esta receita do post de hoje é facílima também. Moleza. Eu aprendi só de ver um chef daquelas bandas de lá executar. O chef é ali de perto da Grécia, mais pra cima, na Macedônia. Mas, as comidas e ingredientes são muito similares aos da comida grega. Este arroz, que eu vou entregar de bandeja pra vocês hoje, serve como um ótimo acompanhamento para peixes assados, camarões grelhados, lagostins, o famoso Camarão à Grega - que eu amo de paixão, mas não dá mais pra comer estas coisas - ou mesmo para uma vitela preparada na canela. A receita do Emmincé de Vitela na Canela, só vai ter no Café quando eu abrir, tá? Receita inspirada na minha Dinda e no meu step-"Dindo". Casal +que20. Surprise, queridos. Aguardem.

Mas, vamos lá pra receita globetrotter:

ARROZ À GREGA (ou seria à Macedônia???)


Ingredientes:

2 1/2 xícaras de arroz branco já preparado (Vocês não acharam que eu iria ensinar a fazer o arroz branco, né?)
3 colheres de sopa de pimentão verde picado
4 colheres de sopa de cebola branca picada
3 colheres de sopa de passas claras
5 colheres de sopa de cenoura cozida picada
azeite de oliva
sal a gosto



Modo de fazer: Picar todos os ingredientes em tamanho bem pequeno, pois isto faz uma diferença no aspecto e no sabor também. Sabiam? Tipo assim - como diz a minha filha! - cubos de 0,5 cm no máximo. Numa panela, aquecer um fio do azeite e suar a cebola. O famoso passo: suar a cebola e não deixar queimar ou fritar. Já me pediram um video deste passo. Tô pensando no assunto. Acrescentar o pimentão. Suar o pimentão, deixando macio. Acrescentar a cenoura e as passas. Dar aquela fritadinha  só nestes ingredientes por 1 min. Adicionar o arroz e mexer bem. Se precisar, acrescente um pouco de água fervente só pra deixar o arroz mais molhadinho e com brilho. Ah, o sal! Corrija o sal. Pronto. Acabou. Tire do fogo e sirva. Você irá surpreender os seus convidados com esta receita. Tenho certeza. Pode me convidar que eu faço que nem o 'Que Marravilha'.  Fico fazendo pose e bebendo vinho, se for bom, dou nota boa.

E deixo as palavras finais de um poeta para o feliz casal:

"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade."
                                                    Carlos Drummond de Andrade



E isso vocês já são, né?

Muitos BEIJOS!!!



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Em trânsito: Drink soft!




Passei pra deixar um alô muito rápido, estou em trânsito e assim que estiver em terra firme e fora de algum furacão prometo que retomo os posts no blog. É provável que segunda ou terça eu já esteja "safe and sound". E, cheia de novidades!

Mas, não posso voar sossegada e deixar vocês sem uma receitinha, já que papo furado hoje não vai rolar mesmo. E o drink alcoólico foi para as cucuias novamente. Calma. Não se desesperem. Isto tem jeito ainda. Tem cura. Tem recuperação na semana que vem. É que se você vai voar, melhor não beber. Sabe? Também estou numa daquelas semana assim meio natureba, a outra metade super radical. Cuidando do meu coração desesperadamente, pois os antecedentes e acidentes familiares me assustam.



Bem, vai aí receitinha light de um smoothie de pêras e amoras, que vocês podem fazer para um brunch bem gostoso amanhã. Facílimo e muito saudável. Vou acrescentar um pouco de mel, pois a bruxa está solta. Então, vamos adoçar um pouquinho pra baixar a ansiedade. As amoras, fontes de Vitaminas A e C, são antioxidantes, reduzem o risco de doenças cardiovasculares e estão naquela listinha boa da alimentação anticâncer. As pêras, também fontes de Vitaminas A, C e do Complexo B, são pequeninas, mas alta fonte de fibras e minerais. Tanto a polpa de amora, quanto as pêras utilizadas nesta receita são orgânicas, sem nenhuma adição de agrotóxicos no seu cultivo e manejo.

Smoothie de Pêras e Amoras Orgânicas




Ingredientes:

2 pêras orgânicas pequenas
1 sachet de polpa de amoras orgânicas congelado
150 ml de iogurte desnatado
20 ml de água gelada
suco de um limão tahiti
1 colher de sopa de mel orgânico

Modo de Fazer: Descasque  e retire as sementes das pêras. Acrescente os demais ingredientes e bata no liquidificador.


Olha esta cor que maravilha!!! 

Se não fizer bem pra sua saúde - e é claro que vai fazer! - fará para os olhos. Adoro comer com os olhos!!!




Um ótimo fim de semana para todos!

Hoje vou deixar uma flor pra minha mãe.


Melhoras mãe!!!


BEIJOS!!!!









terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tortinha de Maçã com Canela

Hoje eu vou fingir que mudo de assunto. E vocês fingem que é novidade também. Combinado? Mas, continuem até o fim do post. Firmes. Porque tem RECEITA(!) lá no final da página. Mas, antes eu vou convidá-los também para uma xícara de chá. Como eu fazia com a minha avó materna.



Bem, vou falar de um filme e de um livro. Ah, então finalmente algo novo no Café?! É, de alguma forma, sim. Mas, não são bestsellers, nem blockbusters. Pelo menos não mais nos tempos atuais.  Ambos são antiguinho, mas não antiquados. Falam de vida, família, história, emoções e de comida também! Acho que isto não sai de moda nunca, né? E pra quem gosta de gastronomia, vale a pena conferir. 




Mas, pra não quebrar a onda de outubro tem niver pra comemorar  hoje. Esta é a parte nova, tá? Finge, bem fingidinho. Seja um bom seguidor e siga até o final.


E eu sigo com estes librianos maravilhosos, que enriquecem minha vida! Gosto muito de deste povo. No caso de hoje, a pessoa pode até já ter partido deste plano terreno, mas ainda comemoro o niver dela, minha vovó Jujú. Pois pra mim, viva sempre estará. Só que agora em outros planos, como ela gostava de nos dizer. Se estivesse viva teria 92 anos. E tenho certeza que iria dançar e tomar uma tacinha de vinho comigo.

Mas, vamos lá pro livro em questão que é Casa dos Espíritos da escritora, nascida em Lima no Peru, porém de origem Chilena, Isabel Allende. Eu sou muito fã dela! E o que o livro tem a ver como minha avó? Tudo. Ela era a própria avó Clara do livro. Vivia em outros planos. Era um anjo passando umas férias aqui na Terra pra nos ensinar algumas lições como bondade e desapego. Ninguém entendia como podia flutuar tanto.  Estava anos luz do que nossa pequena compreensão terrena poderia captar.



Com ela aprendi a cozinhar com delicadezas. Coisas simples, ingredientes comuns, mas com um certo charme. Tipo biscoitinhos, consommé com ovo poché, uma sopa de legumes que levantava até defunto, cabrito, bolos, banana com canela, uma infinidade de outras petit choses. E me contava histórias dos doces glaçados que sua mãe fazia e de um certo hotel da sua família. Isto me inspira todos os dias em que entro na minha cozinha. Não há um só dia em que eu não me recorde de alguma observação sua. E não há como me esquecer daquela figura, um certo ar de garota vintage. Destas aí dos posters.


E isto aconteceu também no enredo do filme "O Tempero da Vida" (2003), uma produção do cinema grego que adorei.  Neste filme, Fannis, um astrofísico grego, na pele do charmosérrimo ator franco-grego George Corraface, aprende com seu avô Vassalis, um senhor turco, astronomia e filosofia a partir do uso de temperos, como o sal, a canela, pimenta, nós moscada, cominho, entre outros. O avô tinha uma venda de temperos em Istambul, que é um lugar maravilhoso - diga-se de passagem, mas no fundo, no fundo era um psicólogo-filósofo que se utilizava da gastronomia para ajudar as pessoas. Ele dizia que a canela aproximava as pessoas e fazia com que elas se olhassem e conversassem. Vale a pena conferir.

E por falar em canela, já estava quase me esquecendo da receita. Mon Dieu! E tomara que ainda caiba aqui neste post que já passou dos limites, como diz a minha filha. Mãe, muita palavra e pouca receita! Pra compensar, vamos comprar a massa pronta, está bem? Só hoje pra simplificar o post. Voilá, Jujú, vamos tomar com um chá? O você prefere um sauternes bem geladinho?


Tortinha de Maçã com Canela



Ingredientes:

1 caixa de massa folhada tipo Arosa
2 maçãs
2 colheres de sopa de canela
3 colheres de sopa de passas escuras
3 colheres de sopa de açúcar mascavo
2 colheres de amêndoas cruas picadas
2 colheres de chá de farinha de trigo
2 colheres de chá de manteiga

Modo de fazer: Descasque as maçãs, tire as sementes e fatie com a ajuda de uma lâmina fatiadora tipo japonesa. Mistura a canela, o açúcar mascavo e o trigo como uma farofa e passe nas maçãs. Acrescente as  passas. Corte a massa em quadrados de mais ou menos 15cmx15cm. Disponha a farofa e as maçãs no centro. Dobre as laterais delicadamente formando uma borda, sem fechar o centro.  Salpique pequenos pedaços de manteiga na farofa. Numa forma untada com uma leve camada de manteiga, leve ao forno médio preaquecido a 180˚C por 20 min ou até que a massa fique dourada e a farofa derretida.

Dica: com a caixa da massa você poderá fazer várias destas tortinhas. É só ir dobrando a quantidade de recheio.


Novidade: tem no Café Vélo Vert.


Ótimo fim de tarde para todos!


Beijos!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Eu acho que ontem você pensou nisto, não foi? Amanhã eu começo a dieta e os exercícios. Tudo bem, ninguém é de ferro. Domingo é dia de relax. Pois, então, que tal botar em prática o plano hoje? Se não for hoje, que seja pelo menos amanhã. Mas, não deixe pra depois de amanhã, ouviu? Vamos lá, força na peruca! 


Segundas-feira são sempre assim. Se fosse bom não seriam "de segunda". Seriam "de primeira"! É, pra muita gente são desanimadoras mesmos. Muitos têm a síndrome do casulo rompido. Mas,  eu, mesmo nos meus momentos de maior perrengue na vida, eu sempre pensei: força garota. Go do it! Encara o fato e mata no peito. Encara de frente que no fim vai ser melhor. Mas, o melhor mesmo é quando você encontra coragem para assumir que sua segunda-feira pode ser cheia de coisas apaixonantes. Quando você consegue fazer da sua paixão a sua profissão. Eu recomendo!

Bem, pra dar uma forcinha para vocês trouxe flores. Primeiro pra relembrar que já é primavera. Tá até parecendo inverno. Por isso, tenho que relembrar. Logo, logo, será... Verão! Depois, como prato pensei na saladinha feita como acompanhamento daquela torta de brocólis sem glúten. Lembram? 

Saladinha simples, molhinho saudável pra acompanhar tanto a torta, como qualquer outro grelhadinho que você irá jantar hoje mais tarde. Salada curinga pra toda hora. Até pra receber, ela fará muito bonitinho. É só servir numa travessinha legal, guardanapos interessantes combinando. Sabe, comida é comida antes de tudo com os olhos. Importante lembrar de tentar comprar as folhas orgânicas. Atualmente, está muito mais fácil adquiri-las nos supermercados. Não é preciso ir tão longe assim. 



Então, vamos lá pra receita da salada:

Salada Básica - Parte 1 
(Obs.: Esperem que virão outras mais complexas e deliciosas!)

Ingredientes:       

Salada:

Folhas de alface roxa e frisé bem lavadas*
gergelim integral torrado
sal a gosto
ou substitua o gergelim e o sal pelo Gersal

*Dica: deixar de molho em vinagre de maçã por 10 min. Escorrer a água + vinagre e lavar uma a uma.

Molho:

1 colher de sopa de mostarda
1 colher de chá de mel
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 colher de chá de vinagre de vinho branco
1 colher de chá de suco de limão tahiti
1 colher de chá de orégano
1 colher de sopa de água


Modo de fazer: Pique a alface em tirinhas. Disponha em tigelas pequenas. Misture todos os ingredientes do molho em uma tigela funda e mexa com uma espátula até obter um líquido espesso e mais ou menos homogêneo. Dispor sobre as folhas somente no momento de servir. Salpicar o gergelim sobre todas as tigelas.



Tá pronto! Pronto falei, né?!



E, 'simbora', colocar ordem neste 'Café com fusion'!


Ótima semana pra todos!

Simplesmente,
B.E.I.J.O.S!!!!

sábado, 13 de outubro de 2012

Les Champignons de Ma Tante

Pedra do Lagarto - Pedra Azul - ES 
Once upon a time, far far away from The Café Vélo Vert, na serra do Espírito Santo, lá em Pedra Azul...
Conhecem? 
Ah, não, não....
Estão perdendo! Há uma casinha pequenina, cheia de mistérios, com uma quadra de tênis anexa e uma mesa de baralho. Vizinhos que cultivam orgânicos e criam escargots. Caminho pra andar de bicicleta verde. Esta parte eu curto!


Pedra Azul - Domingos Martins - Espírito Santo
E lá reina uma fada que não sabia cozinhar. Quer dizer, que pensava que não sabia cozinhar.  Ela acreditou nisto por muito muito tempo, furou o dedo em um compasso e caiu sobre uma prancheta de desenhos, ficou adormecida sobre uma planta baixa de um apartamento (rsrsrsrs). Mas, um dia ela ganhou de um príncipe árabe uns cogumelos do tipo Paris numa cestinha linda - parecia que veio da Provence - e se aventurou. Depois me chamou para provar. E eu amei. Guardei a receita no baú por pouco tempo. E, então, morta de curiosidade, resolvi executar aqui no Café.

Pois é, a receita de hoje é uma receita da minha tia, de ma tante Marie, bien sur. E o Olivier tem o molho do entrecôte que a tante dele prepara e ele não dá a receita pra ninguém. Mas, como eu sou uma pessoa muito generosa, que acredita que as energias circulam, vão e voltam, giram e reviram, vou dividir a receita  com vocês. Acho que ela, minha tia, também não deve se importar. Desapego é a palavra de ordem. Quem não divide, não ganha nada em troca. E, estou ganhando tantas receitas legais, amigos e muito mais nesta nova fase... Que alegria!

Eu também dou a receita, porque sei que os meus fiéis seguidores irão prová-la no Café em breve. Será que será a vontade de provar do meu manjar ou pura preguiça? Só o tempo dirá, senhores. E ainda continuo as buscas por aquela casinha pra abrir o Café de vez. Pra abrir, não, pra arrombar! Se alguém souber de uma casinha no Itaim Bibi-SP, 150m2, please. Por enquanto, só por encomenda aqui no blog. Logo, logo, haverá um link para os contatos.

Por enquanto, fiquem com a receita ou me dêem uma ligadinha.

Cogumelos Paris

Cogumelos Paris de Ma Tante

Ingredientes

1 bandeja de cogumelos Paris
6 dentes de alho picados em cubos bem pequenos
shoyu
manteiga ou azeite de oliva
ervas de Provence
pimenta-do-reino

Modo de Fazer: Limpe os cogumelos com uma escovinha própria e retire delicadamente todos os caules. Unte uma travessa pequena com uma fina camada de manteiga ou com azeite. Disponha os cogumelos com a cavidade virada para cima. No furo de onde foi extraído o caule de cada cogumelo, disponha 1/2 colher de café do alho picado.  Regue cada um com shoyu. Salpique as ervas de Provance e pimenta-do-reino a gosto. Disponha pequenos pedacinhos de manteiga por cima de cada um dos cogumelos. Leve ao forno médio por 15 minutos. Quem preferir pode substituir a manteiga por azeite de oliva.



Les Champignons de Ma Tante - execução do Café Vélo Vert 

Ah, o segredo... é alegria de viver e ter amigos pra dividir o caminho!

Trabalho do artista plástico Cláudio Souza Pinto

Beijos e ótimo fim de sábado!