Hoje eu vou fingir que mudo de assunto. E vocês fingem que é novidade também. Combinado? Mas, continuem até o fim do post. Firmes. Porque tem RECEITA(!) lá no final da página. Mas, antes eu vou convidá-los também para uma xícara de chá. Como eu fazia com a minha avó materna.
Bem, vou falar de um filme e de um livro. Ah, então finalmente algo novo no Café?! É, de alguma forma, sim. Mas, não são bestsellers, nem blockbusters. Pelo menos não mais nos tempos atuais. Ambos são antiguinho, mas não antiquados. Falam de vida, família, história, emoções e de comida também! Acho que isto não sai de moda nunca, né? E pra quem gosta de gastronomia, vale a pena conferir.
Mas, pra não quebrar a onda de outubro tem niver pra comemorar hoje. Esta é a parte nova, tá? Finge, bem fingidinho. Seja um bom seguidor e siga até o final.
E eu sigo com estes librianos maravilhosos, que enriquecem minha vida! Gosto muito de deste povo. No caso de hoje, a pessoa pode até já ter partido deste plano terreno, mas ainda comemoro o niver dela, minha vovó Jujú. Pois pra mim, viva sempre estará. Só que agora em outros planos, como ela gostava de nos dizer. Se estivesse viva teria 92 anos. E tenho certeza que iria dançar e tomar uma tacinha de vinho comigo.
Mas, vamos lá pro livro em questão que é Casa dos Espíritos da escritora, nascida em Lima no Peru, porém de origem Chilena, Isabel Allende. Eu sou muito fã dela! E o que o livro tem a ver como minha avó? Tudo. Ela era a própria avó Clara do livro. Vivia em outros planos. Era um anjo passando umas férias aqui na Terra pra nos ensinar algumas lições como bondade e desapego. Ninguém entendia como podia flutuar tanto. Estava anos luz do que nossa pequena compreensão terrena poderia captar.
Com ela aprendi a cozinhar com delicadezas. Coisas simples, ingredientes comuns, mas com um certo charme. Tipo biscoitinhos, consommé com ovo poché, uma sopa de legumes que levantava até defunto, cabrito, bolos, banana com canela, uma infinidade de outras petit choses. E me contava histórias dos doces glaçados que sua mãe fazia e de um certo hotel da sua família. Isto me inspira todos os dias em que entro na minha cozinha. Não há um só dia em que eu não me recorde de alguma observação sua. E não há como me esquecer daquela figura, um certo ar de garota vintage. Destas aí dos posters.
E isto aconteceu também no enredo do filme "O Tempero da Vida" (2003), uma produção do cinema grego que adorei. Neste filme, Fannis, um astrofísico grego, na pele do charmosérrimo ator franco-grego George Corraface, aprende com seu avô Vassalis, um senhor turco, astronomia e filosofia a partir do uso de temperos, como o sal, a canela, pimenta, nós moscada, cominho, entre outros. O avô tinha uma venda de temperos em Istambul, que é um lugar maravilhoso - diga-se de passagem, mas no fundo, no fundo era um psicólogo-filósofo que se utilizava da gastronomia para ajudar as pessoas. Ele dizia que a canela aproximava as pessoas e fazia com que elas se olhassem e conversassem. Vale a pena conferir.
E por falar em canela, já estava quase me esquecendo da receita. Mon Dieu! E tomara que ainda caiba aqui neste post que já passou dos limites, como diz a minha filha. Mãe, muita palavra e pouca receita! Pra compensar, vamos comprar a massa pronta, está bem? Só hoje pra simplificar o post. Voilá, Jujú, vamos tomar com um chá? O você prefere um sauternes bem geladinho?
Ingredientes:
1 caixa de massa folhada tipo Arosa
2 maçãs
2 colheres de sopa de canela
3 colheres de sopa de passas escuras
3 colheres de sopa de açúcar mascavo
2 colheres de amêndoas cruas picadas
2 colheres de chá de farinha de trigo
2 colheres de chá de manteiga
Modo de fazer: Descasque as maçãs, tire as sementes e fatie com a ajuda de uma lâmina fatiadora tipo japonesa. Mistura a canela, o açúcar mascavo e o trigo como uma farofa e passe nas maçãs. Acrescente as passas. Corte a massa em quadrados de mais ou menos 15cmx15cm. Disponha a farofa e as maçãs no centro. Dobre as laterais delicadamente formando uma borda, sem fechar o centro. Salpique pequenos pedaços de manteiga na farofa. Numa forma untada com uma leve camada de manteiga, leve ao forno médio preaquecido a 180˚C por 20 min ou até que a massa fique dourada e a farofa derretida.
Dica: com a caixa da massa você poderá fazer várias destas tortinhas. É só ir dobrando a quantidade de recheio.
E eu sigo com estes librianos maravilhosos, que enriquecem minha vida! Gosto muito de deste povo. No caso de hoje, a pessoa pode até já ter partido deste plano terreno, mas ainda comemoro o niver dela, minha vovó Jujú. Pois pra mim, viva sempre estará. Só que agora em outros planos, como ela gostava de nos dizer. Se estivesse viva teria 92 anos. E tenho certeza que iria dançar e tomar uma tacinha de vinho comigo.
Mas, vamos lá pro livro em questão que é Casa dos Espíritos da escritora, nascida em Lima no Peru, porém de origem Chilena, Isabel Allende. Eu sou muito fã dela! E o que o livro tem a ver como minha avó? Tudo. Ela era a própria avó Clara do livro. Vivia em outros planos. Era um anjo passando umas férias aqui na Terra pra nos ensinar algumas lições como bondade e desapego. Ninguém entendia como podia flutuar tanto. Estava anos luz do que nossa pequena compreensão terrena poderia captar.
Com ela aprendi a cozinhar com delicadezas. Coisas simples, ingredientes comuns, mas com um certo charme. Tipo biscoitinhos, consommé com ovo poché, uma sopa de legumes que levantava até defunto, cabrito, bolos, banana com canela, uma infinidade de outras petit choses. E me contava histórias dos doces glaçados que sua mãe fazia e de um certo hotel da sua família. Isto me inspira todos os dias em que entro na minha cozinha. Não há um só dia em que eu não me recorde de alguma observação sua. E não há como me esquecer daquela figura, um certo ar de garota vintage. Destas aí dos posters.
E isto aconteceu também no enredo do filme "O Tempero da Vida" (2003), uma produção do cinema grego que adorei. Neste filme, Fannis, um astrofísico grego, na pele do charmosérrimo ator franco-grego George Corraface, aprende com seu avô Vassalis, um senhor turco, astronomia e filosofia a partir do uso de temperos, como o sal, a canela, pimenta, nós moscada, cominho, entre outros. O avô tinha uma venda de temperos em Istambul, que é um lugar maravilhoso - diga-se de passagem, mas no fundo, no fundo era um psicólogo-filósofo que se utilizava da gastronomia para ajudar as pessoas. Ele dizia que a canela aproximava as pessoas e fazia com que elas se olhassem e conversassem. Vale a pena conferir.
E por falar em canela, já estava quase me esquecendo da receita. Mon Dieu! E tomara que ainda caiba aqui neste post que já passou dos limites, como diz a minha filha. Mãe, muita palavra e pouca receita! Pra compensar, vamos comprar a massa pronta, está bem? Só hoje pra simplificar o post. Voilá, Jujú, vamos tomar com um chá? O você prefere um sauternes bem geladinho?
Tortinha de Maçã com Canela
Ingredientes:
1 caixa de massa folhada tipo Arosa
2 maçãs
2 colheres de sopa de canela
3 colheres de sopa de passas escuras
3 colheres de sopa de açúcar mascavo
2 colheres de amêndoas cruas picadas
2 colheres de chá de farinha de trigo
2 colheres de chá de manteiga
Modo de fazer: Descasque as maçãs, tire as sementes e fatie com a ajuda de uma lâmina fatiadora tipo japonesa. Mistura a canela, o açúcar mascavo e o trigo como uma farofa e passe nas maçãs. Acrescente as passas. Corte a massa em quadrados de mais ou menos 15cmx15cm. Disponha a farofa e as maçãs no centro. Dobre as laterais delicadamente formando uma borda, sem fechar o centro. Salpique pequenos pedaços de manteiga na farofa. Numa forma untada com uma leve camada de manteiga, leve ao forno médio preaquecido a 180˚C por 20 min ou até que a massa fique dourada e a farofa derretida.
Dica: com a caixa da massa você poderá fazer várias destas tortinhas. É só ir dobrando a quantidade de recheio.
Novidade: tem no Café Vélo Vert.
Ótimo fim de tarde para todos!
Beijos!
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